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A2 - A BANDEIRA DE PORTUGAL

Olá a todos! 

Vamos aproveitar este feriado histórico português de 5 de outubro para explicar o simbolismo da atual bandeira de Portugal. Neste data, simpatizantes monárquicos costumam celebrar o nascimento do Reino de Portugal dado que também foi neste dia, mas do ano 1143, que foi assinado o tratado de Zamora entre o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, e o seu primo Afonso VII de Leão e Castela. Esta assinatura do tratado representa a declaração de independência de Portugal e o início da dinastia afonsina.

A bandeira de Portugal que chegou com a Implantação da República de 5 de outubro de 1910 encontra-se dividida principalmente por duas cores:  o vermelho à direita (ocupando três quintas partes) e o verde escuro do lado esquerdo (ocupando duas quintas partes).

Existem muitas teorias que dizem que o vermelho representaria o sangue derramado pelos portugueses em combate; o verde, representaria a esperança. Como podem observar a cor que representa o sangue é maior do que a cor da esperança...




No centro, sobre as duas cores, encontra-se o escudo que lembra a defesa do território e a esfera armilar manuelina em amarelo e avivada de negro que representa a expansão marítima. 

Passamos agora a explicar cada um dos elementos que aparecem no brasão de forma mais pormenorizada do interior para o exterior:

Em primeiro lugar temos as quinas, a azul, que representam as primeiras batalhas na conquista do país (diz-se que são os cinco reis mouros vencidos em 1139 na batalha de Ourique pelo rei D.Afonso Henriques). Cada quina contém cinco pontos brancos (besantes) que representariam as cinco chagas de Cristo que, segundo reza a lenda, ajudou D. Afonso Henriques a vencer esta batalha. Esta presença mitológica caraterística do "Mito da origem das Nações" também está presente na simbologia do número trinta que é resultado de somar às cinco quinas os cinco besantes que aparecem dentro delas, o número trinta, representaria as trinta moedas de prata pelas quais Judas vendeu Cristo. 

Por outro lado, os sete castelos amarelos representam os castelos conquistados aos mouros pelo quinto rei de Portugal, D. Afonso III, que completaria a conquista do território português no ano 1249.

Em último lugar, encontra-se a esfera armilar manuelina que simboliza as viagens dos navegadores portugueses pelo mundo, nos séculos XV e XVI. Foi um símbolo que o rei D. Manuel I escolheu para representar as descobertas marítimas e está muito presente na arquitetura manuelina.

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